O Amor Que Quero
Quero um Amor verdadeiro, Fogo em brasa o dia inteiro, Que me desperte em plena madrugada, Pra fazer loucuras, jamais imaginadas. Que não seja chuva, Antes tempestade; Que em pleno meio-dia, Me faça esquecer o barulho do trânsito no centro da cidade. Que tenha a mesma sensibilidade do toque em uma flor, E a impetuosidade de um vulcão devastador. Não precisa ser eterno, nem passageiro, Ou de sonhos e fantasias, Que duram apenas por um dia. Não quero um Amor: - "Oi, tudo bem?" Tem que ser paixão; Que cale a voz e fale o coração. Tem que ser verdadeiro enquanto durar, E que não se conte em minutos a hora de acabar. Pode ser de início tímido e acanhado; Mas que seja desvairado, No momento apropriado. Um Amor transparente, Que realize os sonhos do passado, Desejos do futuro e do presente. Não quero um Amor luz de vela, Nem do tocar triste do sino de uma capela, Tem que escurecer os olhos de tanta visão, E colocar luz dentro do peito, Que de fora se possa ver o coração. Que não seja um Amor combinado, Nem de hora marcada, Mas de desejos em momentos inesperados. Um Amor que não tenha despedidas, Tampouco hora certa de chegada e partida, Um Amor do toque, olhar, do perceber, Que se resuma simplesmente em você!
Recomeço e Fim
O Começo de um Beijo |
Amo você tão certo como flores na primavera,
Se começa deslizando da esquerda para a direita, Onde cada pausa de vírgula corresponde a uma breve e suave mordida. Diferente da escrita, que encerra no seu ponto final; No beijo, o fim do canto direito é apenas o começo ou recomeço, de muitos outros textos. |
Como lavras de um vulcão,
Que descem aquecendo a terra.
É amor de raridade percebida,
Daqueles que acontece,
Uma só vez em nossas vidas.
Delírio em mim,
Febre descontrolada,
Inevitável,
Como copo que transborda na última gota dágua.
É mais sonhador do que o bravo Dom Quixote,
De fazer desnortear,
Seguir pro sul,
Querendo ir pro norte.
De perder o juízo,
Como caminhar na chuva forte em dia de granizo.
É fogo que queima sem doer,
Gemido de amor que dá prazer.
Razão do meu olhar perdido nos fins das tardes,
O Maior dos Meus Erros |
Errei muitas vezes, Errei por não querer jamais errar. Errei nos conselhos que dei, Errei quando atirava pedras, Errei pela arrogância, Errei por acreditar na perfeição, Errei por fazer poucos amigos, Errei por decisão, Errei por esquecer dos erros que cometi, Errei por persistência, Errei por te amar sem limites; |
E de caminhar sem destino,
Pelas ruas da cidade.
É visão tão esperada,
Como o pássaro do seu ninho,
Ou de um náufrago,
Que avista as velas de um navio.
Meu espaço sagrado,
De alegrias e de dor,
Onde nem mesmo os deuses,
Ousaram fazer amor.
É a minha mordida na maçã do paraíso,
Inspiração que me alimenta,
Nos dias que preciso.
Minha insônia das madrugadas,
Sorriso de Poeta,
Que escreve pra sua amada.
É minha fortaleza,
Meu castelo medieval,
E minha fraqueza,
Pés descalços no meu quintal.
Meu canto de sereia,
Que busco no horizonte do mar,
Nas noites de lua cheia.
É minha miragem de oásis no deserto,
Menino perdido,
Que encontra o caminho certo.
Minha odisséia no espaço,
Rastros de cometas,
Que me guiam pros seus braços.
É meu maior motivo pra sorrir,
Escrever,
Existir,
Recomeço,
E fim...